quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Albertiana

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Uma das minhas janelas preferidas,
sempre aberta para a igreja de São Francisco em São João del-Rei



Não sei o que seria de mim sem as paisagens, sem as janelas que as oferecem aos meus olhos quando tudo mais é triste, é feio, é sórdido. Caminhos difíceis, estradas por demais compridas cumpridas por demais; uma, duas, três casas vazias... A janela, generosa, me consola; deixa-se abrir e me revela outro mundo - mais bonito. Então me desprego de mim, deslizo pelo fio invisível que me une ao ponto de fuga, as asas desdobradas abarcando todas as paralelas, num grande leque aberto.  E, por um instante, é em mim que a beleza habita, no acordo fugaz entre a paisagem de dentro e a paisagem de fora.
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