domingo, 30 de outubro de 2011

From morn to night, my friend

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Caspar David  Friedrich. O peregrino acima do mar de névoa. 
1817-18. Óleo sobre tela; 94,8x74,8cm. Hamburgo, Kunsthalle



Does the road wind up-hill all the way?
   Yes, to the very end.
Will the day's journey take the whole long day?
   From morn to night, my friend.

But is there for the night a resting place?
   A roof for when the slow dark hours begin.
May not the darkness hide it from my face?
   You cannot miss that inn.

Shall I meet other wayfarers at night?
   Those who have gone before.
Then must I knock, or call when just in sight?
   They will not keep you standing at that door.

Shall I find comfort, travel-sore and weak?
   Of labour you shall find the sum.
Will there be beds for me and all who seek?
  
Yea, beds for all who come.



[Christina Rossetti (1830-1894), Up-Hill]
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domingo, 2 de outubro de 2011

Natureza-morta

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Pintura de Magdalena Wanli


É preciso fé para cortar as unhas,
cuidar dos dentes como bens de empréstimo.
O cobrador invisível bate à porta.
Não durmo, ele também não.
Deve ser amor o que nos deixa unidos
neste avesso de mística.
Por orgulho de pobre
dou por bastante a pouca claridade
e prefiro a vigília
antes que ter repouso.



(Adélia Prado. "Deve ser amor",
 in A duração do dia)
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