sábado, 12 de fevereiro de 2011

Devaneio

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Ando Hiroshige (1797-1858). Vistas de Edo, chuva da manhã. Xilogravura, séc. XIX



A saudade exige sempre uma referência no passado. Por definição, só é possível sentir saudade do que já foi vivido, provado, experimentado. Mas eu às vezes (muitas vezes, na verdade) sinto saudades de coisas que não sei definir, que não sei precisar. Evidentemente se trata apenas de um desejo de ter vivido o que, por diversas razões, não se pôde nem se poderá viver. Sei que sinto muita saudade, por exemplo, dessa manhã de chuva em Tóquio (Edo).

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Esta imagem é um ukyo-e - literalmente: 'imagens do mundo flutuante' - de Hiroshige. Embora represente uma paisagem de Edo, a antiga Tóquio, não pertence à famosa série intitulada "100 vistas de Edo" (1856-58).

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