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Sou artista, pintor. Desenho imagens.
Nenhuma se compara a teu fulgor.
Sei criar mil fantasmas, dar-lhes vida.
Mas se vejo teu rosto, dou-lhes fogo!
Serves teu vinho ao ébrio na taberna
e abates toda casa que construo.
Nossa alma em ti se dissolve:
água na água, vinho no vinho.
Sinto teu perfume.
Cada gota de meu sangue te implora:
"faz-me teu par, dê-me tua cor!"
Sofre minha alma na casa de argila.
Entra, amado, senão hei de partir!
do poeta afegão Jalal al-Din Al Rûmî (1207-1273),
tradução de Marco Lucchesi,
in A sombra do amado
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Ay mi, dame de valour que j´aim et desir,
ResponderExcluirDe vous me vient la doulour qui me fait languir...
(G.Machaut, c.1300)
Contemporâneos, e, embora tão distantes no espaço, há ideias muito próximas.
ResponderExcluirQue gostoso ler seus comentários aqui! O blog tem muitas visitas, mas os comentários são raros... Fico feliz feliz!
beijos