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O infortúnio tinha colocado
as roupas da mentira
Eram de um vermelho bonito
cor do sangue do coração
Mas seu próprio coração era cinza.
Debruçado sobre o rebordo,
ele me cantava o amor.
Sua voz rangia como a polia.
E eu
em meus trajes de verdade
eu me calava e ria
e dançava
no fundo do poço.
E sobre a água, que também ria,
a lua brilhava contra o infortúnio
A lua ria-se dele
Poema: Jacques Prévert. Chanson (Soleil de nuit)
Imagem (modificada): Paul Klee. Highway and Byways
Tradução: Amarilis
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Olá, Amarilis, conheço alguma coisa do Jacques Prevert, mas este poema não conhecia. Não entendo francês, mas olha, ficou lindo o poema dentro deste quadro, um poema visual. Grande abraço.
ResponderExcluirOi Fernando! Vou traduzir (ou assassinar) os franceses também.
ResponderExcluirAbraços