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... porém DESTEMIDOS
- que navegar é preciso e naufragar, inevitável
(mas viver é imperativo)
(mas viver é imperativo)
Caspar David Friedrich. Naufrágio ao luar. c.1825.
Óleo sobre tela; 31,3x42,5cm. Berlim, Nationalgalerie
Hoje encontrei dentro de um livro uma velha carta amarelecida,
Rasguei-a sem procurar ao menos saber de quem seria...
Rasguei-a sem procurar ao menos saber de quem seria...
Eu tenho um medo
Horrível
A essas marés montantes do passado,
Com suas quilhas afundadas, com
Meus sucessivos cadáveres amarrados aos mastros e gáveas...
Ai de mim,
Ai de ti, ó velho mar profundo,
Eu venho sempre à tona de todos os naufrágios!
(Mário Quintana, A carta)
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Letícia querida,
ResponderExcluirgostei muito deste post.
Os "navios" não foram feitos para permanecerem na segurança do porto... então naufragar pode ser inevitável, mas o imperativo é vir à tona sempre - não é mesmo?
Saudade de você!
Beijos
Fernando Pessoa e Mário Quintana são ótimos.
Isso mesmo! Adoro este poema! Saudades...
ResponderExcluirbeijos