segunda-feira, 18 de outubro de 2010

sancai

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 Prato de oferendas. Norte da China. Século VIII d.C.
Cerâmica sancai. Paris, Musée Guimet



Os ceramistas chineses da dinastia Tang (618-902 d.C.) foram prolíficos. Viveram num período pacífico, no qual a tolerância religiosa permitiu a recepção e o abrigo de estrangeiros que vieram ampliar os horizontes daquela cultura. O comércio se estendia para a Índia e para o mundo árabe, acentuando essas trocas culturais. Restabelecido o comércio com o ocidente, a vidrificação, desaparecida na dinastia anterior, voltou a ser empregada na indústria cerâmica.
Foi quando esses artesãos parecem ter se deleitado com as experiências com a cor, buscando as mais variadas misturas de esmaltes. Com  essas pesquisas cromáticas, os chineses produziram um tipo de louça que foi denominado pela palavra "sancai", que significa literalmente "três cores". Curiosamente, a louça sancai não necessariamente se limita a apenas três cores. Pode ter uma, duas, três ou mais: mais comumente um amarelo vivo-mostarda que pode ser puxado para o ocre ou o marrom, o verde (do folha ao musgo) e o azul cobalto. A ideia das três cores contidas na palavra sancai parece ter vindo, isso sim, dos três óxidos empregados para produzir todos os matizes que aparecem nesse tipo de louça (ferro, cobre e cobalto). O colorido  vivaz, unido à temática inspirada na natureza, contribui para resultados magníficos, e as peças sancai foram amplamente imitadas no ocidente, inclusive na Europa, por um longo tempo.


Prato de oferendas. Norte da China, séc. VIII d.C.
Cerâmica sancai. Paris, Musée Guimet


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