quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O muro e a flor

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(...) 
Quem fez o amor não vazará meus olhos
porque busco a alegria.
A vida não vale nada,
por isso gastei meus bens,
fiz um grande banquete e este vestido.
Olha-me para que ardam os crisântemos
e morra a puta
que pariu minha tristeza.


(Adélia Prado. "Contra o muro", 
in O coração disparado)

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