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Um canto do quarto 15 do Casarão. junho de 2011
Vê: a luz, pela fresta,
estrela magnífica
e doméstica, vem,
acaso e matemática,
morder no copo
a água que dormiu à mesa.
Do corpo amado, da canção,
de uma romã, de uma manhã qualquer
a lâmpada que se exala
pode não ser a morte da morte
e talvez não mostre a agulha perdida
na sala ou no tempo, mas
infringe, por ínfimo farol
que seja, certos escuros: um canto
do quarto, da dor, do olhar.
Dure apenas um minuto
a gema de um tal ardor,
sol tão pequeno,
há que se acender
em cada mínimo
a força da minúcia.
(Eucanaã Ferraz, in Desassombro)
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Querida
ResponderExcluirÍnfima
Mínima
Minúcia
Estrela
Magnífica
e doméstica
...a gema de um tal ardor...
Caramba! É lindo demais, Miúda! Miuçalha da melhor. E as fotos!... e as fotos...
Certinho o jeito de infringir certos escuros. Revelar certos segredos.
Beijinho
Obrigada, querido, mas o mérito é do autor do Eucanaã Ferraz. Beijinho
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