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(No dia de São Valentim.
Porque o amor se renova)
Porque o amor se renova)
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Mark Rothko. Sem título. 1952. Óleo sobre tela; 75.2 x 166.4 cm.
Washington, National Gallery of Art
Amor chagado, de púrpura, de desejo
Pontilhado. Volto à seiva de cordas
Da guitarra e recheio de sons o teu jazigo.
Volto empoeirada de vestígios, arvoredo de ouro
Do que fomos, gotas de sal na planície do olvido
Para reacender a tua fome.
Amor de sombras de ocasos e de ovelhas.
Volto como quem soma a vida inteira
A todos os outonos. Volto novíssima, incoerente
Cógnita
Como quem vê e escuta o cerne da semente
E da altura de dentro já lhe sabe o nome.
E reverdeço
No rosa de umas tangerinas
E nos azuis de todos os começos.
(Hilda Hilst, Amavisse,
IX, in Do desejo)
Mark Rothko. Green and Maroon, 1953. Óleo sobre tela; 91 x54".
Nova York, Phillips Collection
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Belíssimo... Hilda é sublime... reverdeçamos...!
ResponderExcluirSempre!
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