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Giorgio De Chirico. Os arqueólogos. 1968.
Óleo sobre tela; 84,5 X 64,5 cm. Roma, Fondazione Giorgio e Isa de Chirico
Há tempos, parece,
em que o meu avesso se desdobra
e por qualquer esguia fresta
vaza
derrama-se inteiro –
líquida luz sobre a paisagem.
Noutros, janelas cerradas,
torno à revelha história,
torno-me ouvidos:
sigo os ecos de um incessante revirar –
escombros poeira refugos
os muros do velho jardim
decaído.
E então sou olhos,
olhos me espreitando
atravessar os dias
becos soturnos fugentes vias
no fundo de minha memória
ínvia.
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em que o meu avesso se desdobra
e por qualquer esguia fresta
vaza
derrama-se inteiro –
líquida luz sobre a paisagem.
Noutros, janelas cerradas,
torno à revelha história,
torno-me ouvidos:
sigo os ecos de um incessante revirar –
escombros poeira refugos
os muros do velho jardim
decaído.
E então sou olhos,
olhos me espreitando
atravessar os dias
becos soturnos fugentes vias
no fundo de minha memória
ínvia.
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